terça-feira, 31 de maio de 2011

BEM-VINDAS(OS)

Olá!
Que alegria receber manifestações, carinhosas e incentivadoras 
É bem verdade que a criação só atinge o seu objetivo quando compartilhada.
O ROMANCE, está sendo criado para o seu e o meu intretenimento
O ROMANCE é para todos nós.
Voltem sempre

ROMANCE, parte IV

IV

Beatrice cresceu moleca, alegre e dotada de um senso de humor ímpar, admirável, o que facilitava a aproximação das pessoas.
Na adolescência teve alguns relacionamentos que no decorrer do tempo veio a concluir que estava mais para amizade do que para namoro.
Quando adulta se tornou uma mulher forte decidida, franca, transparente sem deixar de ser cautelosa. Conservou a alegria de viver, o bom humor e o seu lado moleca.
Durante um campeonato conheceu Adalberto, um cavaleiro muito dedicado à profissão. Rapaz cordial e amoroso. Não demorou muito para iniciarem um namoro. Foi o primeiro relacionamento sério com contornos de definitividade.
Mas quando se conheceram melhor  perceberam que tinham muitas diferenças e que isto estava sendo um entrave para a qualidade do relacionamento, então concluíram que seria melhor terminar o namoro e manter a amizade.
Outros relacionamento se seguiram e por uma ou outra razão vieram a se dissiparem.
Beatrice, ainda refugiada no jardim, começou a refletir sobre tudo o que se passara naqueles poucos dias após ter conhecido Fernando.
No dia do episódio, tão logo o rapaz se retirou do local ela retomou a montagem de um quebra cabeças, seu exercício mental predileto.
Tentara, por um bom tempo, se concentrar, mas não houve jeito, os seus pensamentos teimavam em recordar o acontecido, minuciosamente, deixando-a distraída, sem condições de dar continuidade ao jogo.
Foi procurar por Rosa para entabular uma conversa e em dois tempos o assunto central era o episódio do touro, a breve troca de palavras com o militar  e a desejo de revê-lo.
Recorda que nos dias que se seguiram esteve sempre inquieta, nada que fizesse lhe ocupava os sentidos.
Dormia pouco, agitada, levantava cedo e ia cavalgar, quando retornava procurava, em vão, ler, escrever, fazer uma visita, enfim de tudo tentava, entretanto continuava se sentido inquieta e insatisfeita.
Lembrou, ainda que no dia que a correspondência chegou, ficou numa euforia indisfarçável.
E principalmente, ainda sentindo o gosto amargo de seu gesto lembrou da maneira como se retirou do quartel, abruptamente, enquanto o funcionário foi chamar o rapaz.
Neste momento, Beatrice, ainda no jardim, sentou-se num banco de balanço, sob uma ramada florida, encolhendo-se bem de vagarinho até que viesse a  atingir a posição fetal, iniciando um choro baixinho.
Assim permanecendo foi concluindo que aquele sentimento era diferente de tudo o que já havia experimentado até então.
Agora sabia que tinha evitado o reencontro com Fernando porque, pela primeira vez, ficou insegura. Teve medo que ele a tratasse com indiferença e precisava estar preparada caso isto viesse a ocorrer.
Apesar de ainda muito jovem, 26 anos, Beatrice era experiente e parcimoniosa, sempre muito responsável e batalhadora. Tanto que se  profissionalizou antes mesmo de atingir a maioridade.
Após permanecer por mais um tempo no jardim a jovem decidiu ir para o casarão, não queria causar preocupação para Rosa e Inácio.


ROMANCE, parte III

III

O episódio do touro chifrando a figueira resultou em felicidade, tristeza, enfim marcou a vida de Beatrice.
Passado duas semanas chegou uma correspondência da unidade do exército local, noticiando que o numerário dos prejuízos causados pelo touro já estava à disposição para pagamento.
Quando Rosa entregou a correspondência a Beatrice, não conseguiu evitar um sorrisinho maroto, com o carinho e a preocupação que as mães nutrem por sua prole, ansiosa pelo momento em que a jovem realizasse o sonho de viver um lindo e verdadeiro amor.
Rosa soube do fato tão logo a  tropa de cavalaria desapareceu na curva da estrada, momento em que a jovem, eufórica, a  procurou, relatou o ocorrido e admitiu ter ficado impressionada com a pessoa de Fernando.
Com o documento em mãos  Beatrice vislumbrou a  oportunidade de reencontrar o militar. Muito embora soubesse que não seria nada fácil pois   ele poderia estar cavalgando, em manobras.
Não contendo a ansiedade, na manhã seguinte, a jovem levantou-se bem cedinho arrumou-se demorada e detalhadamente e  rumou para a cidade.
Chegando ao quartel dirigiu-se ao local indicado, apresentou o documento, recebeu o dinheiro e se retirou.
Quando saiu para o pátio se deu conta de que não seria adequado transitar pelas dependências do quartel tentando um encontro casual, isso denotaria uma atitude infantil.
Sendo assim resolveu ser direta, dirigiu-se ao setor de informações e  perguntou se o Sr. Fernando José de Matos se encontrava no quartel, referindo que gostaria de agradecer, pessoalmente, pela celeridade do providenciado por esse.
O atendente respondeu afirmativamente e se retirou para localizar o militar.
A jovem ficou assustada ante a rapidez com que poderia voltar a olhar para ele e não teve dúvidas, saiu às pressas sem olhar para trás.
Beatrice fugiu amedrontada e arrependida, quase chorando.
Ao chegar na fazenda, antes mesmo de entrar no casarão, foi  refugiar-se no jardim,  precisava ficar sozinha refletindo no porquê de sua atitude.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

COMENTÁRIO

Olá
Já deu para perseberem que estou apanhando do editor.
Mas eu chego lá, conto com a compreensão de vocês

ROMANCE, parte II

Os pais de Beatrice morreram quando ela tinha apenas oito(8) anos, tendo sido criada por sua Ama de leite, dona Rosa e seu marido,Sr. Inácio, capataz da fazenda.
A jovem herdou um patrimônio considerável que, em cumprimento ao testamento,
deixado por seus pais, passou a ser administrado por seu padrinho e tutor,
Sr. Leopoldo Amarante.
Embora tenha aceitado ser tutor da menina, o padrinho assentiu que ela fosse criada
por Rosa e Inácio.
Este seria o arranjo que melhor atenderia as necessidades da criança. Além do que ele era um solteiro convicto.
Em verdade a menina foi criada e educada, com muito zelo e amor, pelos três, tendo toda a assistência necessária e o encaminhamento adequado até que atingisse a idade adulta, com capacidade bastante para gerir sua própria existência.
Desde tenra idade Beatrice manifestou habilidade para montaria vindo a se tornar um exímia amazonas. O que lhe rendeu inúmeros títulos, premiações e reconhecimento à nível internacional.
Por ter se tornado uma amazonas profissional, Beatrice estava sempre viajando
e entre idas e vindas dedicava um tempo para retornar à Terra Natal, à  fazenda,  aonde viveu a infância e grande parte da adolescência.
A fazenda, embora exuberante e imponente, era o lugar aonde a moça sabia estar em casa, lá encontrava aconchego, sossego, felicidade, revia os amigos e  revivia  lindas lembranças, duma infância cercada de amor e cuidados. Primeiro proporcionados por seus pais, que por estas coisas da vida partiram ainda muito jovens, e depois por sua não menos querida família: O padrinho Leopoldo, a ama Rosa e Sr. Inácio, pessoas de sua mais alta estima.

ROMANCE, parte I

Beatrice estava sentada, junto à mesa da cozinha, quando escutou um forte estrondo, vindo do lado oposto do casarão.
Assustada correu para a varanda deparando-se com uma cena hilária.
Um enorme touro, insistentemente, batia com os chifres contra uma frondosa figueira.
Rapidamente correu os olhos pela propriedade tentando entender de onde teria surgido o animal.
Logo avistou uma tropa de cavalaria, chegando apressada ao local.
Em seguida um militar apeou do cavalo, laçou e dominou o animal.
Em meio a tantos atropelos, a jovem se surpreendeu admirando o comandante da tropa, um rapaz aparentando uns trinta anos,imponente no seu uniforme militar.
Após dominar o animal o militar aproximou-se da varanda noticiando que
providenciaria, junto ao exército, no ressarcimento de todos os danos
causados.
Ao deparar-se com o olhar do jovem, por segundos, a moça não conseguiu
raciocinar, aquele olhar absorveu-lhe os sentidos, repousando em seu âmago de um modo natural.
As sensações que se seguiram eram de amparo, tranqüilidade, como um abraço terno, meigo e transcendente.
Aos poucos o encantamento deu lugar à razão, afinal seria necessário dar continuidade a conversa, tratar da reparação dos danos materiais, que na verdade se resumiu a um trecho de cerca avariado e algumas roupas rasgadas nos varal, pois a figueira resistiu bravamente, marcada apenas por alguns arranhões.
A seguir o comandante chamou o imediato, solicitando-lhe que provi-denciasse no arrolamento dos prejuízos causados pelo animal.
Concluindo que o incidente estaria contornado e que o militar estava
prestes a se retirar, Beatrice apressou-se em perguntar-lhe o nome, tentando disfarçar,com dificuldade,suas emoções.
O militar, já montado em seu cavalo, respondeu:
-me chamo Fernando José de Matos a seu dispor, senhora. E a senho-ra,como se chama?
- Beatrice Almeida Rodrigues e pode me tratar por senhorita, senhor.
O militar, despediu-se com um sorriso franco, deixando transparecer que a pessoa da jovem não lhe teria sido indiferente.
Enquanto acompanhava a retirada da cavalaria, até aonde os seus olhos
permitiram, Beatrice se perguntava se algum dia voltaria a sentir tamanho enlevo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PENSAMENTOS

A capacidade criativa é um instrumento surpreendente e poderoso, através do seu exercício podemos abrir ou fechar portas, só depende de nós.