domingo, 8 de outubro de 2017

ROMANCE, parte XXVI

ROMANCE, parte XXVI

O torneio foi um sucesso, como sempre, Beatrice continuava colecionando medalhas.
O tempo que lhe restava, dedicava a passear com seu amigo, Adalberto,
este se incumbia em  conduzi-la aos mais belos e interessantes recantos da
região.
Num dos dias, viajaram de trem, contornado as montanhas, Beatrice não cabia
em si de tanta euforia.
O destino era uma pequena cidade, encravada nas montanhas.
Lá chegando, após bebericarem deliciosos sucos de frutas nativas,
iniciaram uma incursão nos arredores da cidade.
Chegaram até uma pequena trilha que os conduziu a um restaurante.
Este fora construído num espaço que a natureza, generosamente, reservara
para o homem desfrutar.
A vista da varanda direcionada para um braço de mar com águas,
esverdeadas, translúcidas e de uma calmaria estonteante.
Beatrice e Adalberto escolheram uma mesa junto ao solar da varanda.
Após apreciarem a paisagem solicitaram o cardápio.
Optaram pelos pratos típicos.
Durante a refeição Breatrice questionou o amigo:
- pela recepção concluo que você é um frequentador assíduo.
- com certeza este é um local que vindo a primeira vez vai retornar sempre.
Ao final da refeição desceram uma longa escadaria e iniciaram uma
caminhada em direção ao mar.
Seguiram por uma calçada em meio aos coqueirais, a magia os
companhava.
-Adalberto, olha que residência linda!
-Maravilhosa, o proprietário é o dono do restaurante e da  área contígua,
vindo até a residência.
Ah, lá está ele, aquele homem jovem  caminhado junto ao mar.
-Você o conhece?
- Claro! Vamos até lá! Richard é uma pessoa muito tranquila e sociável, vai
gostar de te conhecer.
Num instante pularam a mureta que os separava da areia e caminharam em
direção, Richard percebendo a aproximação veio ao encontro deles.
- Olá, quero lhe apresentar minha amiga e colega de profissão, Beatrice
Beatrice se aproximou, estendeu a mão, que foi acolhida pela de Richard e
neste instante seus olhares se cruzaram e um turbilhão de emoções
tomou conta da jovem  “ aquele olhar absorveu-lhe os sentidos repousando em seu âmago de um modo natural. As sensações que se seguiram eram de amparo, tranquilidade, como um abraço terno, meigo e transcendente”
- Beatrice, Beatrice, você esta se sentindo melhor
Beatrice, ainda com os olhos turvos percebeu que estava num hospital.
- O que aconteceu, porque estou aqui?
- Calma minha amiga, vou te explicar tudo.
- O médico falou que você teve um desmaio seguido de negação de
consciência o que a levou a um sono mais profundo e demorado.
- Você passou a noite na clínica, o médico perguntou se você tinha passado por emoção traumática.
- contei do nosso passeio até o momento em que você perdeu os sentidos.
O médico conclui que provavelmente foi uma crise de stress, você está
longe de tua filhinha, participou do concurso, que foi bem puxado, e viveu
emoções fortes, conheceu e visitou a região sonhada.
- Aos poucos, Beatrice se deu conta do motivo que a desestabilizou,
mas silenciou, pois já estava se sentindo bem e  tudo o que  precisava era  retornar para casa, colocar as ideias no lugar, morria de saudades da filhinha, de Rosa, Inácio e de todos os demais, de seu bem querer.
O médico lhe deu alta e a tranquilizou, mas aconselhou que uma vez em
casa, providenciasse em exames de rotina.
Em dois dias, Beatrice retornou para seu país.
Durante a viagem, seus pensamentos teimavam em voltar aquela praia e despertar nela muita aflição e questionamentos. Ainda sentia vivo o calor da mão de Richard, e aquele olhar? Como entender a presença de Fernando na pessoa de Richard?


terça-feira, 10 de novembro de 2015

ROMANCE, parte XXV




XXV


    Adalberto e Beatrice abraçaram-se longamente.
    Beatrice constatou que a distância e a falta de comunicação em nada abalou a  amizade sincera cultivada, por ambos,  durante o tempo de namoro. 
    -Sabes meu amigo, vinha contando em te rever, só não pensei que acontecesse tão rápido, estou muito feliz.
    -Beatrice querida, te confesso que não foi um acaso, quando me deparei com seu nome, dentre os competidores, não resisti em vir até aqui para te dar as boas vindas. Seria o mínimo a fazer já que resido aqui a um bom tempo.
    Beatrice e Adalberto atropelavam a conversa, eram tantos os assunto que por pouco não perderam a hora.
    Por saberem que durante os treinos e as competições teriam poucas e rápidas oportunidade para ficarem juntos, acertaram que logo após o encerramento, fariam um longo tour pela região.
    Beatrice dirigiu-se para os treinos, saboreando o doce enlevo e a empatia experimentada durante todo o tempo que conversava com seu amigo e colega de profissão. 

A música romantica mais bela do mundo

ROMANCE, parte XXIV



XXIV


     Na família de Lúcia o ano transcorreu em meio a tristezas e preocupações, em razão da enfermidade de Antonieta. Pais e irmãos foram tomados de surpresa com a doença da jovem, que sempre fora muito sadia.
    Passado o primeiro impacto, cada qual só pensava em colaborar. O que efetivamente foi feito. Pablo decidiu ficar direto na fazenda, embora Antonieta tenha tentado demovê-lo.
    Por lamentável, nos meses que se seguiram, a doença progrediu de modo galopante. Inevitável constatar que a passagem de Antonieta se avizinhava.
    Numa manhã de primavera, Antonieta pediu a Lúcia que a conduzisse até o jardim, pois gostaria de admirar as rosas florescendo.
    Por alguns segundo permaneceram em silêncio aspirando o perfume e admirando tamanha beleza.
     Antonieta, rompendo o breve silêncio, falou: - Lúcia, tenho uma revelação a fazer. Preciso que me escute com muita atenção e por favor não me interrompa. 


    


       

sábado, 31 de outubro de 2015

ROMANCE, parte XXIII


                    
XXIII


    Noêmia nasceu saudável e o envolvimento com a pequena
 preencheu o vazio deixado pala morte de Fernando.
    Após a menina completar um aninho, Beatrice  retomou o exercício da profissão, participando de competições, em seu país e no exterior.
    Por ser uma exímia amazona, continuava a amealhar muitos títulos.
    O próximo  campeonato seria realizado em um país longínquo, encravado em meio as montanhas.
    Quando foi informada do local, não coube em si de tanta euforia e  felicidade. Desde menina, acalentava o sonho de vir a conhecer e competir naquela região. 
    Passado o momento de empolgação, lembrou que a filhinha era tão pequenina, não seria prudente tamanha exposição. 
    Ao dividir com Rosa sua preocupação, esta lhe disse:
- Beatrice, você tem a mim, a menina Noêmia  vai ficar bem, as crianças crescem e de igual modo vão correr atrás de seus sonhos.
    Como sempre, Rosa tinha razão.
    Uma vez decidida, Beatrice passou a se ocupar dos preparativos para a viagem.
    O dia do embarque chegou rápido, Beatrice estava muito ansiosa e feliz.
     A única dificuldade foi na hora de se despedir da filhinha, mas acalmou-se ao colocar a filhota  no colo e Rosa e sentir o quanto a pequena ficaria bem protegida.
    A viagem foi longa e cansativa, entretanto sem  incidentes.
    Uma vez em terra, os competidores foram conduzidos até o hotel. Beatrice, como os demais, de imediato se recolheram, pois no dia  iniciariam os treinos que antecediam as competições.
    Após uma revigorante noite de sono, Beatrice acordou animada e com apetite voraz, o café da manhã era tudo o que mais queria naquele momento.
    Ao adentrar no restaurante, constatou  que não foi a única a acordar faminta.
    Já acomodada, sorvendo um suco delicioso, foi surpreendida por um bom dia muito familiar, virou-se e constatou que, realmente se tratava de Adalberto, seu colega cavaleiro e antigo namorado , que por pouco não a conduziu ao altar.