XXIII
Noêmia nasceu saudável e o envolvimento com a pequena
preencheu o vazio deixado pala morte de Fernando.
Após a menina completar um aninho, Beatrice retomou o
exercício da profissão, participando de competições, em seu país e no
exterior.
Por ser uma exímia amazona,
continuava a amealhar muitos títulos.
O próximo campeonato seria realizado em um país
longínquo, encravado em meio as montanhas.
Quando foi informada do local, não coube
em si de tanta euforia e felicidade. Desde menina, acalentava o sonho de vir a conhecer e competir naquela região.
Passado o momento de empolgação, lembrou que a filhinha era tão pequenina, não seria prudente tamanha exposição.
Ao dividir com Rosa sua preocupação,
esta lhe disse:
- Beatrice, você tem a mim, a menina
Noêmia vai ficar bem, as crianças crescem e de igual modo vão correr
atrás de seus sonhos.
Como sempre, Rosa tinha razão.
Uma vez decidida, Beatrice passou a se
ocupar dos preparativos para a viagem.
O dia do embarque chegou rápido, Beatrice
estava muito ansiosa e feliz.
A única dificuldade foi na hora de se
despedir da filhinha, mas acalmou-se ao colocar a filhota no colo e Rosa e
sentir o quanto a pequena ficaria bem protegida.
A viagem foi longa e cansativa, entretanto
sem incidentes.
Uma vez em terra, os competidores foram
conduzidos até o hotel. Beatrice, como os demais, de imediato se recolheram, pois no dia iniciariam os treinos que
antecediam as competições.
Após uma revigorante noite de sono,
Beatrice acordou animada e com apetite voraz, o café da manhã era tudo o
que mais queria naquele momento.
Ao adentrar no restaurante,
constatou que não foi a única a acordar faminta.
Já acomodada, sorvendo um suco
delicioso, foi surpreendida por um bom dia muito familiar, virou-se e constatou que, realmente se tratava de Adalberto, seu colega cavaleiro e antigo namorado , que por pouco não a conduziu ao altar.