segunda-feira, 3 de junho de 2013

ROMANCE, parte XVIII




XVIII

Dinarte desceu do taxi, no aeroporto, apressado, providenciou os trâmites para o embarque, por
pouco não perdeu o voo, o que seria imperdoável pois sua filha Marina estava lhe aguardando para a festa de aniversário.
A decolagem foi perfeita, acomodado e sossegado
colocou os fones de ouvido. Pensava em como o
tempo passou rápido, sua filha estava completando
dez anos de idade.
A seguir remeteu seus pensamentos para a ocasião em
que após revelar a existência de Marina para Lara,
viajou a trabalho deixando a jovem à vontade para
decidir se estaria disposta a formar uma família com Marina e ele.
Quando retornou de viagem não encontrou Lara.
Não ficou surpreso, entretanto ficou muito triste.
Nutria a esperança de que a jovem vencesse o medo, que restou estampado em seus olhos e face no dia do embarque.

Ao constatar que Lara estaria fugindo da situação por
medo, o primeiro impulso foi desconsiderar o livre
arbítrio e  procurar   pela jovem, mas decidiu aguardar
porque  ela sabia a data em que ele retornaria da
viagem, seria prudente não se precipitar.

Augusto, tio de Lara, amigo e confidente de Dinarte
era de opinião que ele deveria procurar pela jovem.
Revelou que sempre que o assunto era o rapaz, notava que Lara ficava com os olhos marejados.
Alicerçava sua argumentação no fato que, desde
então, a sobrinha não tinha se envolvido com mais
ninguém, o que era uma forte evidência de que
continuava apaixonada por Dinarte.

Os pensamentos de Dinarte foram interrompidos pela
comissária de bordo que lhe oferecia o almoço.

Após o almoço, recolocou os fones e enquanto ouvia
uma boa música, observava as nuvens que mais
pareciam flocos de neve se dissipando ao calor do sol,
que hora ou outra se deixava entrever.
O cenário mágico o reportou novamente para o
passado, não muito distante.

Sorrindo, recordava que os cupidos se multiplicavam,
amigos, amigas e familiares, enfim uma tropa de peso,
todos empenhados em reaproximar o par.
O argumento era sempre o mesmo, eram unânimes em
afirmar que o fato de Lara não estar namorando outra pessoa era o bastante para terem a certeza de que o
coração da jovem  estava atrelado ao  de Dinarte.

Tanto esforço resultou em que uma das jovens contou
para ele que Lara ia viajar em férias, num cruzeiro,
por toda a costa.
A amiga de Lara, tentava convencer Dinarte de que
era uma excelente oportunidade para um reencontro. Dinarte lembra que achou  uma ótima ideia. Recorda que de imediato providenciou a passagem e em menos de um mês embarcou no mesmo navio em que Lara se encontrava. A sorte estava lançada.      


















































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